Caso Vitória: Suspeito confessa assassinato da jovem em Cajamar
A cidade de Cajamar, na região metropolitana de São Paulo, ainda está abalada com o desfecho trágico do caso de Vitória Regina de Souza, de 17 anos. Após dias de investigação, Maicol Antônio Sales dos Santos confessou ser o autor do crime.
A declaração foi feita em novo depoimento às autoridades, representando um importante avanço nas apurações.
Vitória desapareceu no dia 26 de fevereiro, quando voltava para casa após um dia de trabalho. Testemunhas relataram ter visto um veículo suspeito seguindo a jovem depois que ela desceu do ônibus.
Desde então, familiares e amigos iniciaram uma intensa campanha de busca. Infelizmente, no dia 5 de março, seu corpo foi encontrado em uma região de mata, em avançado estado de decomposição.
As investigações apontaram Maicol como principal suspeito desde o início. Contradições em seus depoimentos e seu comportamento suspeito chamaram a atenção da polícia.
A análise forense de seu celular, feita com o software israelense Cellebrite, revelou imagens comprometedoras de armas e diversas fotos de Vitória, algumas tiradas sem que ela percebesse.
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Além disso, os investigadores identificaram um padrão preocupante no comportamento digital de Maicol. Mesmo após o desaparecimento de Vitória, ele acessava com frequência seu perfil no Instagram.
Também foram encontrados registros de outras jovens com características físicas semelhantes, sugerindo uma possível obsessão.
A polícia segue investigando a existência de cúmplices. Mensagens entre Maicol e o ex-namorado da vítima estão sendo analisadas, pois sugerem que o suspeito temia ser ligado ao crime por meio de um automóvel.
Essa linha de investigação busca esclarecer se houve participação de terceiros.
Apesar da confissão, a defesa de Maicol sustenta sua inocência e alega que ele apenas cedeu à pressão da investigação. Enquanto isso, as autoridades trabalham para reunir provas definitivas e concluir o inquérito.
O crime gerou comoção e revolta em Cajamar. Durante os dias de desaparecimento, a comunidade se mobilizou em busca de Vitória, e seu velório foi marcado por clamor por justiça.
O laudo inicial indicou sinais de extrema violência, intensificando a indignação da população.
As autoridades seguem apurando o caso e aguardam resultados de exames periciais, incluindo necropsia e análise de DNA. A previsão é que o inquérito seja concluído antes do dia 13 de abril, data em que Vitória completaria 18 anos.
A cidade, que chora sua perda, agora espera que a justiça seja feita e que o crime não fique impune.