Acusada pelo ex-marido argentino de supostamente sequestrar os filhos do casal,
A cearense Juliana Magalhães de Lima, de 33 anos, enfrenta acusações de sequestro feitas pelo ex-marido argentino, Herman Krause, de 52 anos.
Segundo ele, Juliana teria fugido para o Brasil com os dois filhos do casal, de 7 e 9 anos, sem autorização. No entanto, a designer de moda e empresária alega que deixou a Argentina para escapar de abusos psicológicos, físicos e sexuais cometidos por Krause contra ela e as crianças.
Após a denúncia do ex-marido, Juliana e os filhos foram incluídos na lista amarela da Interpol, que busca localizar pessoas desaparecidas.
Em entrevista concedida nesta quinta-feira (23), Juliana negou veementemente as acusações de sequestro e afirmou que não está desaparecida.
Segundo ela, a decisão de deixar a cidade de City Bell, na Argentina, em outubro de 2024, foi uma medida de proteção após anos de perseguição e ameaças por parte do ex-companheiro.
“Não há sequestro quando se foge para salvar a própria vida e a dos filhos”, declarou Juliana.
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A empresária relatou ainda que, em novembro do ano passado, Herman Krause viajou a Fortaleza e foi até a casa de sua tia, no bairro Conjunto Ceará, onde teria feito ameaças graves.
“Ele disse para minha tia que, quando nos encontrasse, nos mataria”, contou Juliana, reforçando o clima de medo e insegurança.
Documentos da Justiça argentina, obtidos pela reportagem, mostram que desde junho de 2023 estava em vigor uma medida protetiva que proibia Krause de se aproximar de Juliana e das crianças, além de qualquer forma de contato com o intuito de intimidação.
No Brasil, Juliana também conseguiu uma medida cautelar para garantir sua segurança e a dos filhos.
Juliana revelou que o ex-marido já estava afastado das crianças há cerca de um ano, devido a processos judiciais. Segundo ela, a decisão de sair da Argentina ocorreu porque “a justiça não foi feita” e permanecer no país significaria continuar sofrendo.
“Meus filhos são brasileiros e têm direito a uma vida segura e digna”, ressaltou.
Um laudo de saúde mental realizado em 2024 com as crianças revelou que o pai as agredia física e emocionalmente, além de obrigá-las a realizar tarefas domésticas incompatíveis com a idade. Os menores teriam expressado o desejo de deixar a Argentina devido ao medo constante.
“Meus filhos me pediram para vir para o Brasil. Eles estavam com medo de morrer, então tomei essa decisão para protegê-los e garantir um futuro melhor”, afirmou Juliana, destacando que sua prioridade é o bem-estar das crianças e que continuará lutando por seus direitos na Justiça brasileira.
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