Coitado! Pai de Vitória quebra silêncio após se tornar suspeito
A tragédia que abalou Cajamar, na Grande São Paulo, continua repercutindo nas redes sociais e nas investigações policiais. O assassinato brutal de Vitória Regina de Souza, de 17 anos, deixou marcas profundas em sua família.
Pela primeira vez, seus pais, Sandra Regina e Carlos Alberto Souza, falaram publicamente sobre o caso. Durante uma entrevista ao programa Domingo Espetacular, Sandra expressou sua dor irreparável. “Estou sem chão”, desabafou, emocionada.
Carlos Alberto também compartilhou os últimos momentos antes do desaparecimento da filha e rebateu as suspeitas que recaem sobre ele. O pai relatou que soube que algo estava errado quando Vitória não chegou no horário habitual.
Segundo ele, uma amiga da jovem mencionou a presença de homens suspeitos no ponto de ônibus, o que teria deixado Vitória com medo. “Ela subiu a rua de casa, mas depois desapareceu”, contou.
Dor, suspeitas e desconfiança
Carlos, além de lidar com o luto, enfrenta o peso da desconfiança popular. Comentários nas redes sociais questionam sua reação ao crime. “Dizem que eu não chorei, mas ninguém sabe o que estou passando. Esse é o segundo filho que eu enterro”, lamentou.
As investigações apontam que o pai omitiu detalhes sobre ligações para a filha e que havia desentendimentos entre eles. Havia também relatos de que Vitória cogitava sair de casa para morar com a irmã.
Carlos confirmou que existiam tensões, mas negou qualquer envolvimento no crime. “Eu queria sair desse bairro. Pedi um terreno à prefeitura porque já perdi dois filhos aqui”, afirmou.
Avanço das investigações
O corpo da jovem foi encontrado uma semana após o desaparecimento, a cerca de cinco quilômetros de sua casa. Vitória foi assassinada com três facadas, e a polícia intensifica a busca por respostas.
Três suspeitos estão sob investigação: Gustavo Vinícius Moraes, ex-namorado da vítima; Maicol dos Santos, citado por testemunhas; e Daniel Lucas Pereira. No total, 16 pessoas já prestaram depoimento.
O advogado da família, Fábio Costa, ressaltou que a inclusão de Carlos no inquérito não significa culpabilidade. “Esse documento não é uma sentença. Colocá-lo nessa situação é perigoso”, alertou. Ele se reuniria com o delegado para esclarecer a posição do pai no caso.
Mensagens e áudios: a defesa de Carlos
Na tentativa de provar sua inocência, Carlos divulgou mensagens e áudios trocados com a filha na noite do desaparecimento. O último contato aconteceu às 20h55 do dia 26 de fevereiro.
“Ela disse que estava indo para casa. Três minutos depois, eu respondi: ‘Cuidado, viu?’”, contou. Ele também afirmou que tentou ligar diversas vezes para Vitória naquela noite.
“Nunca me perguntaram sobre isso antes. Que pai não tentaria ligar ao perceber que a filha sumiu?”, questionou.
Quanto à possibilidade de Vitória sair de casa, Carlos negou que houvesse conflitos graves. Segundo ele, a filha cogitava morar com a irmã apenas por questões de distância do trabalho. “Ela nunca falou em sair por problemas familiares”, afirmou.
A luta por justiça
O caso segue cercado de incertezas. Enquanto a polícia analisa provas e busca novos depoimentos, a família enfrenta a dor da perda e a pressão das suspeitas. Carlos, abalado, reafirma sua inocência e pede que os verdadeiros culpados sejam responsabilizados.
A comunidade de Cajamar, ainda chocada com a brutalidade do crime, clama por respostas. As próximas semanas podem ser decisivas para esclarecer o que realmente aconteceu naquela noite trágica e levar à justiça aqueles que tiraram a vida de Vitória Regina.