Mesmo na UTI, Bolsonaro dispara críticas a Lula e Moraes e fala em “escárnio internacional”
Internado na Unidade de Terapia Intensiva do hospital DF Star, em Brasília, após passar por uma cirurgia abdominal no último sábado (12), o ex-presidente Jair Bolsonaro segue ativo nas redes sociais.
Em recuperação, o ex-mandatário voltou a atacar duramente o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Mesmo debilitado, Bolsonaro não poupou palavras. Em uma de suas publicações, declarou que, apesar de estar isolado na UTI, as notícias continuam chegando.
Segundo ele, o que se observa diariamente é um país mergulhado em autoritarismo, com seus valores sendo invertidos e sua imagem deteriorada no cenário internacional.
Um dos principais alvos das críticas foi o asilo diplomático concedido pelo Brasil à ex-primeira-dama do Peru, Nadine Heredia, condenada por corrupção.
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Bolsonaro demonstrou indignação com a decisão, alegando que criminosos estariam sendo tratados como perseguidos políticos e transportados pela Força Aérea Brasileira como se fossem vítimas, não condenados.
De acordo com o ex-presidente, o governo Lula estaria banalizando o instituto do asilo político, transformando-o em uma ferramenta para proteger corruptos.
Para ele, essa postura evidencia uma aliança indevida entre o Brasil e figuras envolvidas em escândalos de desvio de recursos públicos.
Outro ponto abordado foi a decisão de Alexandre de Moraes de suspender a extradição de um cidadão espanhol, em resposta à recusa da Espanha em extraditar o blogueiro Oswaldo Eustáquio, investigado por incitação a golpe de Estado.
Bolsonaro interpretou a decisão como uma retaliação disfarçada de diplomacia.
O ex-presidente também afirmou que diversas nações, como Estados Unidos, Argentina e a própria Espanha, estariam percebendo motivações políticas por trás de decisões judiciais brasileiras, especialmente as tomadas por Moraes.
Ele criticou a “criminalização da opinião” e disse que isso abala a confiança internacional no país.
Na avaliação de Bolsonaro, o uso do Judiciário como instrumento político prejudica a estabilidade institucional e afugenta investimentos estrangeiros.
“Quando a justiça vira arma, quem perde é o povo”, escreveu.
Mesmo hospitalizado, Bolsonaro segue mobilizando seus apoiadores e permanecendo como uma figura central no debate político, em meio a um cenário nacional marcado por tensões crescentes e forte polarização.
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