Mulher de 41 anos morre após ataque com ácido cometido pelo ex-companheiro em Salvador
A violência contra a mulher fez mais uma vítima fatal na capital baiana.
Tamara Rafaele Nascimento, de 41 anos, não resistiu aos graves ferimentos após ter sido atacada com ácido por seu ex-companheiro e faleceu após dias internada no Hospital Geral do Estado (HGE), em Salvador.
O crime, ocorrido no bairro do Uruguai, causou comoção e indignação entre familiares e moradores da região.
Tamara foi brutalmente agredida no início de abril e permaneceu em estado crítico até seu falecimento.
O ataque ocorreu em via pública e foi praticado por Jeferson Mendes da Silva, com quem a vítima havia mantido um relacionamento de três anos. Segundo relatos, o casal havia se separado apenas um mês antes do crime.
Após o fim do relacionamento, Tamara passou a ser constantemente perseguida por Jeferson, que demonstrava sinais de comportamento obsessivo.
A vítima, de acordo com pessoas próximas, já havia relatado medo em relação às atitudes do ex-companheiro, mas não teve tempo de buscar uma medida protetiva antes do ataque.
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Imagens de câmeras e testemunhos apontam que, dias antes do crime, Jeferson foi visto adquirindo veneno conhecido como “chumbinho” em uma feira local, o que pode indicar que ele já planejava cometer um ato extremo.
O ataque com ácido foi inesperado e devastador, deixando Tamara com queimaduras profundas em várias partes do corpo.
Após o crime, o agressor tentou fugir, mas durante uma travessia de ferry-boat com destino à Ilha de Itaparica, passou mal.
Ele chegou a ser socorrido e levado a uma Unidade de Pronto Atendimento, porém já estava sem sinais vitais ao dar entrada na unidade.
O caso de Tamara escancara mais uma vez a realidade cruel enfrentada por mulheres vítimas de violência doméstica.
Muitas vivem sob constante ameaça mesmo após o término dos relacionamentos, e a falta de medidas preventivas eficazes contribui para tragédias como essa.
Segundo dados oficiais, o número de feminicídios no Brasil segue alarmante, e casos como o de Tamara evidenciam a urgência de políticas públicas mais rígidas e de maior proteção às mulheres em situação de vulnerabilidade.
A morte de Tamara deixa um alerta sobre a importância de combater o ciclo de violência doméstica, garantindo justiça e segurança para todas as mulheres. O caso segue sendo investigado pelas autoridades.
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