Tragédia em Dias D’Ávila: corpo de menina de 12 anos é encontrado após cair em bueiro durante temporal
Após dois dias de buscas intensas, a sexta-feira (29) em Dias D’Ávila, na Região Metropolitana de Salvador, foi marcada pelo desfecho de uma tragédia que abalou a comunidade.
O corpo de Amanda Max Teles da Silva, de 12 anos, foi localizado após ela desaparecer ao cair em um bueiro aberto durante o forte temporal que atingiu a cidade na última quarta-feira (27).
O acidente
Amanda retornava da escola sozinha sob uma chuva intensa quando o acidente aconteceu. Imagens de câmeras de segurança da Avenida Lauro de Freitas mostram a menina, usando uniforme escolar e segurando uma sombrinha, tentando caminhar por uma calçada alagada.
Em um momento de desequilíbrio, ela tropeça e é arrastada pela enxurrada, desaparecendo no bueiro sem proteção.
Esforços incansáveis nas buscas
Desde o desaparecimento, equipes do Corpo de Bombeiros, do Samu e voluntários se mobilizaram para encontrar a menina. As buscas incluíram a análise do sistema de drenagem da região e se estenderam por longas distâncias.
Acompanhada de amigos e familiares, a operação foi marcada por momentos de esperança e angústia. No entanto, as condições adversas, como a chuva contínua e a complexidade das galerias, tornaram os trabalhos ainda mais desafiadores.
Na tarde de sexta-feira, o corpo de Amanda foi encontrado em um trecho distante do sistema de drenagem. Ele foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML), onde serão realizados os procedimentos legais antes da liberação para a família.
Infraestrutura precária em destaque
A morte de Amanda reacendeu discussões sobre a precariedade da infraestrutura urbana no Brasil, especialmente em regiões frequentemente afetadas por enchentes. Moradores da área afirmam que a falta de sinalização e a ausência de grades de proteção no bueiro já haviam sido denunciadas.
“Essa tragédia poderia ter sido evitada. A força da água aqui sempre foi perigosa, e ninguém tomou providências”, lamentou um comerciante local.
Especialistas em urbanismo destacam a urgência de investimentos em drenagem, manutenção preventiva e campanhas educativas para evitar que situações como essa continuem colocando vidas em risco.
Uma cidade de luto
Amanda era conhecida como uma menina dedicada, carinhosa e cheia de sonhos. Sua morte comoveu a comunidade de Dias D’Ávila, que se mobilizou para prestar homenagens e oferecer apoio à família.
A escola da jovem suspendeu as aulas e organizou uma cerimônia em sua memória. Nas redes sociais, moradores expressaram tristeza e indignação, cobrando ações concretas para evitar novas tragédias.
“A Amanda era uma aluna exemplar, cheia de energia. É difícil acreditar que isso aconteceu”, disse uma professora emocionada.
Reflexões necessárias
A tragédia em Dias D’Ávila não é um caso isolado no Brasil. A negligência com a infraestrutura urbana e a falta de ações preventivas são fatores que expõem diariamente a população, especialmente crianças, a perigos evitáveis.
Enquanto a cidade chora a perda de Amanda, fica o apelo por mudanças que garantam segurança e preservem vidas. Seu caso é mais do que uma história de luto; é um alerta para a necessidade de atenção e responsabilidade nas questões públicas.
Dias D’Ávila se despede de Amanda com uma mistura de dor e revolta, enquanto busca respostas para impedir que novos nomes sejam adicionados a uma lista de tragédias que não deveriam acontecer.
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