Menina de 11 anos com doença rara morre em Caxias do Sul e comove comunidade
A cidade de Caxias do Sul amanheceu mais silenciosa neste fim de semana com a notícia da morte da pequena Melissa Hoffmann, de apenas 11 anos.
Ela faleceu no sábado (23), após anos enfrentando a pseudo-obstrução intestinal crônica (CIPO), uma enfermidade rara que afeta o funcionamento do sistema digestivo.
Internada no Hospital da Unimed desde o dia 17, Melissa também lutava contra a hipertensão pulmonar, o que a obrigava a usar um aparelho de oxigênio portátil.
Moradora do bairro Desvio Rizzo, Melissa era filha da confeiteira Patrícia Ribeiro e do metalúrgico Wagner Hoffmann. Ao lado dos irmãos, formavam uma família unida pela superação.
Devido à complexidade de sua condição, a menina era alimentada por via intravenosa, já que seu intestino não conseguia processar alimentos da forma convencional.
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A doença de Melissa é considerada extremamente rara e desafia até os especialistas.
A pseudo-obstrução intestinal crônica simula um bloqueio no intestino, sem que haja obstrução física. Isso torna a rotina do paciente extremamente delicada, exigindo cuidados médicos contínuos, internações frequentes e uma estrutura familiar sólida.
Nos últimos meses, a saúde de Melissa foi agravada pelo diagnóstico de hipertensão pulmonar, uma complicação grave que impacta a circulação sanguínea nos pulmões.
Ainda assim, ela mantinha uma postura corajosa diante das dificuldades, tornando-se um exemplo de resiliência para todos que a conheciam.
O falecimento da menina causou profunda comoção na cidade. No domingo (24), ela foi cremada em uma cerimônia repleta de emoção.
Amigos e familiares lembraram sua doçura, sua força e a maneira com que ela iluminava os ambientes, mesmo vivendo sob constantes limitações.
Nas redes sociais, a mãe de Melissa compartilhou palavras de dor, mas também de gratidão.
“Ela foi nosso anjo. Lutou bravamente e nos ensinou a viver com mais amor e empatia”, escreveu Patrícia, visivelmente emocionada.
O caso reacende a discussão sobre doenças raras no Brasil. Segundo a OMS, milhões de pessoas enfrentam esse tipo de enfermidade sem acesso adequado a diagnóstico e tratamento, o que exige políticas públicas mais efetivas.
Em Caxias do Sul, o nome de Melissa permanece vivo. Sua trajetória sensibilizou vizinhos, amigos e desconhecidos, que hoje se unem em luto, mas também em reconhecimento à coragem de uma menina que soube amar e resistir até o fim.
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