O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, fez um apelo contundente neste sábado (7) para que os países islâmicos se unam contra o que chamou de “ameaça crescente de expansionismo” de Israel.
A declaração ocorreu após a morte de uma mulher turco-americana, que, segundo autoridades palestinas e turcas, foi assassinada por tropas israelenses durante um protesto na Cisjordânia ocupada.
Erdogan destacou que a recente reaproximação da Turquia com o Egito e a Síria visa criar uma “linha de solidariedade” contra essa ameaça, que, segundo ele, também coloca em risco países como Líbano e Síria.
Durante um evento em Istambul, o líder turco afirmou que uma aliança entre as nações islâmicas é a única forma de frear o que ele descreveu como “arrogância” e “terrorismo de estado” de Israel.
O presidente turco recebeu recentemente o presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, em Ancara, marcando a primeira visita presidencial do Egito à Turquia em 12 anos.
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Durante o encontro, os líderes discutiram a guerra em Gaza e exploraram formas de aprofundar a normalização de suas relações, que começaram a melhorar em 2020, quando a Turquia iniciou esforços para aliviar tensões com países da região, como Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita.
Erdogan também mencionou que a Turquia está disposta a retomar o diálogo com o presidente sírio Bashar al-Assad, rompido desde 2011 devido à guerra civil na Síria.
No entanto, Israel não comentou imediatamente sobre as declarações do presidente turco, e o exército israelense afirmou que está investigando as circunstâncias do incidente envolvendo a morte da mulher turco-americana.
Esses recentes movimentos diplomáticos sublinham a tentativa de Erdogan de fortalecer alianças regionais em um cenário de crescentes tensões no Oriente Médio, refletindo uma estratégia de união frente às ações israelenses, que ele considera desestabilizadoras para a região.
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