Falar Durante o Sono: Quando se Preocupar e Como Lidar com o Problema
Muitas pessoas falam enquanto dormem sem sequer perceber. Esse fenômeno, chamado sonilóquio, pode passar despercebido até que alguém mencione o ocorrido.
Embora pareça algo inofensivo ou até engraçado, especialistas alertam que, em alguns casos, ele pode estar relacionado a distúrbios do sono ou outras condições de saúde.
O sonilóquio pode ocorrer em qualquer fase do sono e acontece quando o cérebro mantém um nível parcial de atividade, permitindo que a pessoa pronuncie palavras ou frases sem estar consciente.
Diversos fatores podem desencadear esse comportamento, incluindo altos níveis de estresse, ansiedade, privação de sono e até febre. Essas condições podem deixar o cérebro em estado de alerta, resultando em episódios noturnos de fala involuntária.
Apesar de geralmente não representar um risco, o sonilóquio pode ser um sinal de alerta quando ocorre com frequência e vem acompanhado de outros sintomas, como pesadelos intensos, sonambulismo ou movimentos involuntários.
Nesses casos, é essencial buscar uma avaliação médica para descartar possíveis distúrbios do sono ou problemas neurológicos.
Estudos apontam que falar dormindo pode estar associado a condições mais graves. Pessoas com doenças neurológicas, como Parkinson, por exemplo, podem manifestar o sonilóquio como um dos sintomas iniciais.
Além disso, a apneia do sono — caracterizada por interrupções na respiração durante a noite — pode estimular a atividade cerebral, levando a episódios de fala involuntária.
Identificar esse comportamento pode ser um desafio, especialmente para quem dorme sozinho. No entanto, sinais como um sono agitado, cansaço excessivo durante o dia e relatos de parceiros ou familiares podem indicar a necessidade de uma investigação mais detalhada.
Algumas medidas podem ajudar a reduzir esses episódios. Manter uma rotina de sono regular, reduzir os níveis de estresse por meio de atividades relaxantes e evitar o consumo de cafeína ou eletrônicos antes de dormir são práticas recomendadas por especialistas.
Caso os episódios persistam e interfiram na qualidade do sono, exames como a polissonografia podem ser indicados para analisar o comportamento do corpo durante a noite.
Dependendo do diagnóstico, o tratamento pode incluir terapia cognitivo-comportamental, mudanças no estilo de vida ou o uso de dispositivos específicos.
Embora falar durante o sono seja, na maioria dos casos, um fenômeno inofensivo, é fundamental estar atento à frequência e aos sintomas associados. Se o problema se tornar recorrente ou prejudicar a qualidade do descanso, procurar orientação médica é a melhor forma de garantir noites tranquilas e reparadoras.
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